Relato XV
Amantes assumidos
Chegamos a inevitável conclusão que nos amamos.
Ela, a personagem, e eu, o narrador.
Ahh.
Todos os leitores já deveriam saber disso, mas para nós,
não é, e nem foi fácil chegar a essa conclusão.
Como concluímos?
Através de uma série de fatores como:
cumplicidade, as risadas sem motivos,
a pureza dela, a minha retenção de vícios,
a satisfação sexual de ambas as partes,
a troca de segredos, a intimidade revelada,
a liberdade para dizer qualquer coisa
desde a mais nojenta até a mais doce,
a convivência, as borboletas no estômago,
a completude espírito-físico-cósmica-humanóide-intraterrina-espacial.
Essas e outras cousas inexplicáveis
ajudam ao nosso encontro de almas,
físicas em essência.
Ficamos por falar menos e sentir mais.
...O amor é mesmo estranho,
ah, eu amo, eu amo...
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