Would you believe me when I tell you, you're the queen of my heart?

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Dor e Separação


Ilustração: Marc Chagall

Em certos momentos da vida, a dor da separação, a dor de não vermos no outro o que gostaríamos de ver, a dor do reconhecimento das diferenças é tão grande que preferimos a ruptura, o fim, numa tentativa enlouquecida de arrancar de nós a dor

É assim que o amor sentido se transforma em fantasma, em dor que nos assombra pelo que não foi. Sofremos, então, pelo que não foi, idealizamos o amor, a nós, ao outro. Buscamos não lembrar o que poderia ter sido se tivéssemos conseguido não fazer da dor apenas nostalgia. 

Transformado em indiferença, o amor e o ódio diante da diferença nos torna, também, indiferentes ao nosso próprio sentir. A indiferença produz nostalgia, congelamento da capacidade de amar. 

Restam as sombras, as imagens do fim, o ressentimento, como formas de encobrir o que recusamos viver. 

(Evelin Pestana, Casa Aberta - Página, Psicanálise, Artes, Educação).

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