Would you believe me when I tell you, you're the queen of my heart?

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Incompletude eterna




"Sim, fica mais leve viver quando aceitamos nossa incompletude, a inevitável falta, estejamos acompanhados ou sós: mesmo no encontro amoroso, jamais alcançamos a completude ou plenitude buscada, desejada e sonhada, que só existe no plano do imaginário. 
Os encontros podem ser vibrantes, mágicos, intensos e maravilhosos, as relações podem ser ricas, profundas, belas, duradouras... mas o sujeito jamais estará "completo". Quando aceitamos isso, aprendemos a ser mais felizes, desfrutando das parcelas de prazer que a vida nos oferece, aquelas que podemos alcançar, obter, realizar. 
Quem busca incessantemente a completude, negando-se a aceitar a "falta", ou seja, que somos e sempre seremos incompletos, apenas continua sofrendo, correndo atrás de algo inatingível, e jamais se sentirá satisfeito. Mas, quando amadurecemos, aprendemos que o prazer é sempre parcial, que é melhor gozar a vida sabendo que, embora os encontros e trocas afetivas, as amizades e amores, sejam tão vitais e importantes, nada nos "completa": existirá sempre um vazio que faz parte da constituição do ser... e, sem ele, sequer existiria desejo!"


(Ana Luisa Kaminski)

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