A revelação da narrativa, por pressão
Relato II
Disse pra ela que tinha feito dela um personagem e de mim um narrador,
mas não queria revelar-la o endereço disso,
dessa estória, pelo menos agora no inicio,
que mal tenho escritos relatados dessa estória.
[Preciso de tempo para saber me situar aqui.
Situar ela, que é minha personagem.
Eu a amo, pois a criei.
Ela só pode ser minha, pertence ao meu mundo,
a tenho na mão, posso fazer dela o que bem entendo,
é o que bem mesmo, não posso querer nenhum mal pra ela de nenhuma maneira,
escrevo pra ela existir, ela explode dentro de mim,
seu cheiro de 'canela' me invade os poros e me extasia,
uma energia sinestesica toma conta do meu ser...
Voltando ao assunto do segundo relato:
... ela insistiu tanto que acabei revelando
onde escrevo nossa estória.
Já que CRIEI PRA ELA não vi nada de mais em lhe mostrar aqui,
as minhas palavras organizadas,
dando o meu sentido a nossa cousa.
[Só para me lembrar o terceiro relato
vai ser sobre a seguinte indagação:
'eu te amo?']
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